terça-feira, abril 29, 2003

Amanhã tem show de Eleonora F. no Centro de Joao Pessoa, to marcando um show de CCEB no HI FI uma semana depois do MADA, provavelmente dia 24(sab), a ideia e fazer o show e umas coisinhas a mais, projetar umas imagens, levar os computadores, sei lá, confirmem logo pois preciso fechar data e correr atrás de apoios...
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quarta-feira, abril 23, 2003

fotos do lançamento do cd demo Chicocorrea & Electronic Band

sábado, abril 19, 2003

ABRIL PRO ROCK 2003 - Sexta-feira (11 de abril)
Três dias de muita música, de tudo quanto é estilo em um lugar que cada vez gosto mais. Recife é mesmo foda. Todo mundo tá perguntando como foi o Abril Pro Rock. Como sempre fantástico. Vivo repetindo que não são só as atrações que fazem do festival o melhor do país, mas o evento em si, as pessoas, a cidade e a diversidade. De cara na primeira noite, um excelente show de ChicoCorrea e EtetronicBand, com certeza uma das revelações do festival. No palco dois djs, dois percussionistas, um baixo, um sax e a voz maravilhosa de Larissa Montenegro. Batucada, eletronices e o sotaque de música nordestina imperando. Tão difícil definir e rotular quanto Dj Dolores y Santa Massa,o show seguinte que abriu o palco principal. Pra mim não foi tão espetacular como o primeiro deles que vi no Carnaval em 2001, mas foi muito bom. Tocaram algumas músicas novas. Isaar, outra cantora com uma voz espetacular, Maciel Salu, Fabinho Trummer, Mr. Jam e o comandante DJ Dolores são uma das melhores coisas da música brasileira hoje. A noite teve ainda shows do Stereo Maracanã, com muito rap e funk. Bom show. Assim também foi o Instituto que fez um show meio desencontrado, já que na verdade foi dividido em partes, com participações de Fred 04, BNegão e Roger Man (Bonsucesso Samba Clube). A Nação Zumbi é a maior banda pernambucana e mesmo com um disco mais viajante e menos pesado, teve o público na mão. Claro que os velhos sucessos foram as que mais agitaram, especialmente "Manguetown", num encontro histórico com Fred 04 (...)

terça-feira, abril 15, 2003

Dia 15 maio tem outro no SESC.
MADA ainda não sei de NADA, só soube pelos outros que agente tava na Programação.
Ouvi a gravação do show do Abril, passo em Cd Pra Vcs avaliarem.
Proposta de show dia 25 de abril na Fashion Club, no lançamento do Site www.sulancapb.com.br. Botem na agendinha...dessa vex agente toca mais de meia hora. Agora no mesmo dia eu tenho show com Eleonora no Centro Lá pelas 08:00hs.
Correio Da Bahia
Terça-Feira, 15 de Abril de 2003

Aumenta que isso aí é Abril Pro Rock!
Bons shows, produção eficiente e ótimo público marcaram o festival pernambucano

O vocalista Jorge Du Peixe no comando da Nação Zumbi, show impecável no décimo primeiro Abril Pro Rock

Hagamenon Brito*

Festivais alternativos de rock e música pop pululam pelo país, numa rede que tem muito a ensinar ao mainstream nacional (caso ele queira desenterrar a cabeça da areia), mas nenhum deles tem a dimensão e o histórico do Abril Pro Rock, de Recife, com sua proposta de mesclar artistas novos com consolidados que têm certa postura indie.

No ano em que o Mangue Beat completa uma década, o APR - nascido junto com o "movimento musical brasileiro mais importante desde o Tropicalismo", segundo DJ Dolores - viveu uma das suas melhores edições. A produção reforçou a infra-estrutura, montou uma boa programação e o público recifense, só para variar, fez a sua parte.

De acordo com Melina Hickson, produtora executiva, cerca de 18 mil pessoas passaram pelo Centro de Convenções de Pernambucano, entre sexta e domingo, quando o Ira! fechou o festival no começo da madrugada (de ontem). Na mesma noite, Nando Reis, Los Hermanos e a gauchada do Cachorro Grande mataram a pau com uma precisão, digamos, cirúrgica.

Tudo correu na paz: segurança (300 homens na parte interna, educados para conviver com jovens num grande evento de rock, o que implica em não ligar para cigarros de maconha), bares, alimentação, feirinha com 30 expositores (roupas, HQ, tatoo, skate, discos, artesanato) e até uma impagável e trash Monga, a Mulher Gorila.

Boa mistura - Em sintonia com festivais do gênero como o Goiânia Noise (GO) e Porão do Rock (DF), a produção do APR 2003 focou o olhar na nova cena independente nacional - e fez a coisa certa. Que feedback melhor pode ter uma banda indie do que ver a metade do público entoar suas canções (que jamais entrarão numa novela da Globo)?

Foi o que aconteceu com a capixaba e punk rock Dead Fish, sábado. Impossível não seguir o coro da multidão no hit Me ensina. Outra prova de que, atualmente, o melhor do rock tupiniquim está no underground. Os shows de Nancyta e Os Grazzers (veja boxe) e do já citado Cachorro Grande (estilo e combustível de sobra) foram outros bons exemplos.

Porém, como nem tudo que reluz é ouro, o universo indie também abriga muita bomba ou inexperiência travestida de modernismo. Com uma faixa interessante (Baião lo-fi) incluída na trilha do filme Deus é brasileiro, o grupo paraibano Chico Correa era uma das apostas da produção do APR. Decepcionou feio na noite de abertura.

A idéia é mesclar jazz com eletrônica e identidade regional. Como diria o produtor e grazzer andré t., dono de um senso crítico mordaz, ao vivo o Chico Correa (o nome é uma brincadeira com o pianista americano Chick Corea) não passa de um sub-lounge. Além de incoeso, o instrumental é fraco e a vocalista mais ainda.

De certa maneira, a estética pretendida por Chico Correa é infinitamente melhor desenvolvida pelo DJ Dolores e Orquestra Santa Massa. Liderada por Helder Aragão, o sergipano que atende pelo nome artístico de DJ Dolores, a Orchestra Santa Massa mixa eletrônica, sotaque e apelo pop em doses certas. Adorela levantou a multidão.

No painel de sotaques que foi o APR deste ano, a empatia do grupo Stereo Maracanã com o público, no sábado, foi algo contagiante. Melhor ao vivo do que em CD (lançado pela Maianga Discos), o Stereo tem base no hip hop, mas passeia pela falange rítmica carioca. Funk, percussão, Jorge Ben, hits (Freestyle love é dez!), tá ligado?

E já que chegamos à praia grooventa, 500 pontos para a habitual química de O Rappa (com Falcão em noite inspirada) e 600 pontos para os donos da casa, Nação Zumbi. Ninguém supera Jorge Du Peixe (seguro e longe da sombra de Chico Science) e Cia no Brasil quando o assunto é groove + peso. Um show memorável. Sim, o maracatu da NZ pesa uma tonelada.


* O jornalista viajou a Recife com apoio do APR


Nancyta e Pitty no pedaço


Nancyta e Pitty eram esperadas com certa curiosidade no APR, segundo o produtor Paulo André. Tudo por causa do clichê de que Salvador é a terra da axé music (pelo menos até a dita cuja ser enterrada). E as boas garotas más baianas mandaram bem. Especialmente dona Nancyta.

Na companhia dos bons grazzers (andré t., CH e Rex), Nancy - cantora afinada e forte - se apresentou no sábado, no palco 2, junto com o hardcore inexperiente do Porão GB (PE), o death metal quase risonho do Infested Blood (PE) e o punk rock competente do Mukeka Di Rato (ES).

Na terceira música, Minhoca azul d grude, o publico já tinha entrado na onda (rock pesado com levadas aceleradas) de Nancyta e Os Grazzers. Como ganhou mais dez minutos de palco (o combinado era meia-hora), a banda emendou dois ótimos covers: Detroit rock city (Kiss) e Jailbreak (AC/DC).

Com seu primeiro álbum solo, Admirável chip novo, Pitty chegou a Recife com seu nome já causando burburinho entre os jornalistas (por causa do trabalho da gravadora carioca DeckDisc) e a garotada ligada na MTV, onde está rolando o videoclipe do primeiro single, Máscara.

Na performance de anteontem, o rock com cortinas de guitarras e um quê de new wave de Pitty não chegou a contagiar o público em frente ao palco 2. Não é mesmo fácil construir uma identidade musical. Pelo menos, a cantora está sabendo evitar os clichês. O resto pode ser uma questão de tempo.


*ABRIL PRO ROCK


O VOCALISTA da banda punk alemã Terrorgruppe protagonizou a cena mais bizarra do festival em qualquer uma das suas 11 edições: no fim do show, sábado, de costas para o público, ele baixou as calças e enfiou uma estrelinha junina (tipo de fogo de artifício) acessa naquele lugar. E ainda rebolou. Doido é pouco!


A MTV, claro, estava no APR. Edgard comandou as entrevistas e a cobertura que começam a ser exibidas hoje no Jornal da MTV, às 12h30 e à meia-noite.


A SECRETARIA de Cultura de Pernambuco entregava nos camarins de cada banda uma bandeira do estado, camisetas e cartão personalizado em que o governo agradecia à participação do artista. Ah, se toda Secretaria de Cultura tivesse a mesma sensibilidade para assuntos pop!


HÁ QUEM ache que o Shaman é mais um caso de salão de cabeleireiro do que outra coisa, mas a molecada adora o circo heavy melódico de André Matos e Cia.


INSTITUTO, misto de projeto/grupo paulista, não funcionou bem ao vivo, na sexta. As participações do Bomsucesso Samba Clube e Fred 04 amenizaram a decepção.


MUNDO Livre S/A contra-ataca com O outro mundo de Manuela Rosário. O disco independente sai no fim de maio.


LOS Hermanos e o público do APR têm um caso de amor. O público recifense adora a banda carioca cujo terceiro CD, Ventura (BMG), sai em maio. O primeiro single, Cara estranho, chega às rádios hoje.


OUTRO affair do bem: Monga e Nancyta e Os Grazzers. Rolou até foto com a Mulher Gorila.

segunda-feira, abril 14, 2003

Começou...
tb acho muita coisa parecida, se for levar em conta poucos parâmetros de comparação.
http://www.pernambuco.com/diario/2003/04/14/viver14_0.html
Glória à Nação Zumbi

Júlio Cavani
DA EQUIPE DO DIARIO

Com oportunos 30 minutos de atraso, o grupo Chico Correa e Eletronic Band, banda paraibana de música eletrônica, alcançou o auge de sua carreira enquanto dava início ao Abril Pro Rock 2003, que em seu primeiro dia, sexta, não entrou para a história do evento, mas também não desapontou. O Rappa e Nação Zumbi, carros-chefe da noite, cumpriram seu papel de garantir uma boa bilheteria.

Inevitavelmente o público notou semelhanças entre a Eletronic Band e a Orchestra Santa Massa, com quem compartilha a mesma proposta, mas sem a mesma experiência e coerência do grupo comandado pelo DJ Dolores, que se apresentou em seguida.

Nação Zumbi é praticamente uma entidade divina no Recife (talvez no Brasil). Basta os malungos aparecerem para causarem uma catarse coletiva, ao som dos incansável grito de guerra da platéia bradando "Chico! Chico!". Mesmo assim, os músicos não caem na tentação de serem absorvidos por esse clima de adoração, e conseguem apresentar um repertório imprevisívele sem apelações, numa opção corajosa. Músicas como Propaganda, Know Now e Remédios são ótimas nos CDs, mas causam certo estranhamento no show. Das novas, Amnesia Express e Blunt of Judah funcionaram no palco, essa última com participação de Berna Chopinho, autor de Quando a Maré Encher, que, junto com Meu Maracatu Pesa uma Tonelada, provocou um terremoto no piso do Pavilhão.

O show do Rappa mostrou que o grupo foi mesmo o grande responsável pelos 8 mil presentes no Pavilhão. "Pelos custos do evento, tínhamos que ter no mínimo esse público hoje. Essa foi nossa aposta quando resolvemos pagar os altos cachês do Rappa e Nação Zumbi", calculou Paulo André Pires, organizador do festival. O grupo carioca, que não lança disco de inéditas desde 1999 (Lado B Lado A), fez um show praticamente todo composto por sucessos. O vocalista Falcão, se desejasse, nem precisava cantar, já que a platéia demonstrava em coro saber todas as letras.

Como de praxe, o Rappa começou com Tumulto, música adaptável a qualquer show da banda, sempre lotado. Falcão mandou Bush e Saddan irem para aquele lugar no primeiro de seus vários discursos pretensiosamente humanistas, que permearam o show mais político da noite, antecedido pela apresentação do grupo Majê Molê, de Peixinhos. Antes de voltar pro bis, O Rappa concluiu a apresentação com Homem-Bomba, Ninguém Regula a América e Instinto Coletivo, sucessos que se encaixam no momento político mundial atual.

Fred 04 Quatro mereceu ganhar o Troféu Brodagem da noite. Além de dar uma de apresentador, ele fez participações especiais em três shows, estando presente, inclusive, no auge do evento, quando Jorge Du Peixe e Cia. tiraram da manga o clássico Manguetown, entoado como um hino pela platéia, num momento simbólico, que representou boa parte do verdadeiro espírito e energia de um reerguido Abril Pro Rock.


Berço de criação musical

Anunciada a criação de um Laboratório de Composição no Departamento de Música da UFPB


»JOÃO PESSOA
»ROGÉRIA ARAÚJO
»da reportagem local


O Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba completa em 2003 seus 25 anos de fundação e ganha um implemento bem especial: o Laboratório de Composição Musical (Compomus), que vai funcionar como Curso de Extensão já no próximo semestre letivo. As inscrições podem ser feitas até o dia 16 de abril no próprio Departamento de Música, no Campus I, em João Pessoa.

Sob coordenação do compositor Eli-Eri Moura, o Compomus também está vinculado ao Departamento de Artes e à Coordenação de Extensão Cultural da UFPB. Há pouco mais de um ano que um grupo de professores com mestrado e doutorado vinham levando em frente a idéia da formação de um laboratório que tivesse como objetivo o fomento à composição, uma área considerada das mais importantes para o incremento musical nas instituições de nível superior.

“Trata-se de algo muito importante. É o começo da implantação de uma área. Com 25 anos de existência, o Departamento sempre foi voltado para o lado da interpretação do instrumento. Apesar de a Paraíba ser um nome forte quando o assunto é composição, com pessoas como o (José Alberto) Kaplan, nós não tínhamos nada nessa área”, explica Eli-Eri Moura.

O coordenador vê essa iniciativa como uma semente que poderá apresentar resultados bem maiores no futuro. Este, afirma, seria um primeiro passo. A proposta é que mais tarde seja criado um curso de graduação e até mesmo de pós-graduação, a partir da experiência com o curso de extensão.

Acreditando na demanda que deverá recorrer ao curso, Eli-Eri acrescenta ainda que o corpo de docentes é dos melhores e dos mais especializados.

Fazem parte desse grupo, os membros-fundadores do Laboratório: Tom-k (Mestre em Regência Coral – UFBA), Carlos Anísio (Mestre em Regência Orquestral – UFBA), Didier Guigue (Doutor em Música e Musicologia do Século XX – École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, França), Eli-Eri Moura (Mestre e Doutorando em Composição – McGill University, Canadá), Ilza Nogueira (PhD em Composição – Suny at Buffallo, EUA), José Alberto Kaplan (Especialização em Educação Musical – Item, Chile), Vanildo Mousinho (Doutorando em Etnomusi-cologia – UFBA).

Na lista das finalidades do Laboratório de Composição Musical estão preocupações que há muito tempo eram levadas em considerações pelos compositores do departamento. A pesquisa, o levantamento de material, a análise da música de concerto do século XX e contemporânea brasileira, a criação de um acervo contendo a produção dos compositores nascidos ou residentes na Paraíba, desenvolver atividades extracurriculares na área da composição com cursos, oficinas, seminários, palestras, são alguns dos objetivo do Compomus.

A implantação do laboratório coloca o Departamento de Música em dia com novas possibilidades didáticas e profissionais, ampliando uma área que muito tem contribuído para a cultura paraibana, que sempre termina reverberando em nível nacional e até internacional.

O curso tem como finalidades introduzir conhecimentos básicos necessários àqueles que desejam ingressar na composição e complementar a formação de músicos que já atuam na área. Os interessados poderão obter mais informações na Secretaria do Departamento de Música ou pelo telefone 216-7123.



domingo, abril 13, 2003

Abril Pro Rock rouba novamente a cena

Festival reforça infra-estrutura e traz programação que mescla bandas independentes com ícones do pop

Luciana Veras
Da equipe do DIARIO

"Todo Carnaval tem seu fim", cantam os Los Hermanos, e todo Abril pro Rock é assim: não importa se houve dificuldades, como o atraso do Funcultura e a conseqüente escassez de recursos, ou contratempos, como a alta do dólar - chega o primeiro dia de shows e a cidade se engaja no espírito do festival que revelou bandas, pavimentou carreiras e desviou os holofotes destinados ao eixo RJ/Sampa para Recife.

Em sua décima-primeira edição, o APR consolida acertos, tanto no aspecto estrutural como na programação. Produtora executiva do evento, Melina Hickson garante que não haverá confusão para entrar, como em 2001, nem tampouco problemas de segurança. "Teremos 150 PMs por dia dando apoio nas paradas de ônibus, no estacionamento e nos arredores, além de 300 seguranças na parte interna", detalha Hickson. "E vamos abrir os portões meia hora antes dos primeiros shows", avisa.

O zelo com o público se estende ao resto do "circo": mais banheiros e bares, barracas de comida, 30 expositores de livros, tatoos, skates e outros na feirinha, a obediência ao horário dos shows ("importamos dois diretores de palco de São Paulo para que não tenha atraso", diz Melina) e a mescla entre novidades como Stereo Maracanã e Mukeka Di Rato e ícones como O Rappa e Ira!. "A grande diferença com relação ao ano passado é a não-vinda das bandas internacionais. Para compensar, o festival aposta na cena independente, que é bem forte, e traz atrações para os vários tipos de público", sustenta Melina Hickson.

Ela aposta em Chico Correa e no local Júnior Barreto como promessas do APR 2003. O bom de festival é isso: sair de casa para delirar com a Nação Zumbi e DJ Dolores, bater cabeça ao som do Shaman ou ouvir os versos delicados de Nando Reis e conhecer algo que, não fosse essa chance, perder-se-ia no vácuo entre as regiões do Brasil

Trilha sonora de 'Deus é brasileiro' acerta ao traçar um painel da nova música do Norte e Nordeste

Em "Deus é brasileiro", de Cacá Diegues, o Todo-Poderoso reclama muito, mas sem motivo. Afinal, Ele passeia por alguns dos mais belos cenários brasileiros, é assediado por Paloma Duarte e, como se não bastasse, ainda tem a oportunidade de ouvir música de primeira, como se pode conferir na trilha sonora do filme, que a Sony lança esta semana. Com o repertório selecionado pelo produtor Chico Neves (Skank, Lenine, Fernada Abreu), o antropólogo Hermano Vianna e montador Sérgio Mekler, o CD tem vida própria além das imagens. Acompanhando a trajetória dos personagens na tela, o disco oferece um painel representativo dos modernos (e dos eternos) sons do Norte e Nordeste brasileiros, de Luiz Gonzaga a DJ Dolores.

Djavan - com sua voz multiplicada em estúdio - abre o disco como se anunciando a chegada de uma festa de reisado, com a "Loa de abertura" ("Senhores desta casa / Licença, eu vou chegando") - o canto, de domínio público, já havia sido gravado por Antonio Nóbrega em seu CD "Na pancada do ganzá". Mas, como mostra o filme, o interior do Brasil tem suas parabólicas e o folclore não está imune a interferências, que aqui aparecem na forma de sutis intervenções eletrônicas. Os efeitos eletrônicos, aliás, pontuam o disco, em maior ou menor grau, dando novos timbres aos batuques e escalas da tradição nordestina.

O toque marcial das caixas de folia, acompanhado de guitarra, baixo fretless e flauta, introduz a tropical "Na rede", da Banda Ôxe. É uma preparação para "Melodia sentimental", de Villa-Lobos, numa versão instrumental com a rabeca à frente, fazendo o caminho de volta ao universo sertanejo de onde o maestro tirou a inspiração para o clássico.

Hermeto Pascoal promove uma celebração de cordas em "Festa na lua", revisitando com invencionice os ritmos e temas nascidos nas mãos dos emboladores. A voz entra como mais um instrumento, soltando palavras soltas e percussivas como "forróbodó".

Em "Lycra limão", Lucas Santanna saca novas cores nordestinas ("Menina me dê / Seu jeitinho legal / É 'topizinho', chinelinho, calção / É lycra limão"), com batidas eletrônicas no ritmo do resfolego da sanfona. Mas o cantor não vai tão fundo em suas fusões quanto Chico Science e Nação Zumbi fazem na faixa seguinte, a já clássica "Rio, pontes e overdrives", do primeiro disco do grupo.

Revelado no projeto "Cartografia musical brasileira", o guitarrista paraense Pio Lobato mostra sua "Psicocúmbia". Com um estilo pessoal, que dialoga com o de Lúcio Maia, do Nação Zumbi, Pio faz bonito fazendo uma suave guitarra rítmica cortada com notas repetidas em eco. Já DJ Dolores preferere ralentar e une caxixi e violinos na viajante "Para um dub no Recife". O "Baião lo-fi" de Chico Corrêa fecha o bloco de folclore espacial, com um cadenciado triângulo convidando um drum'n bass furioso para a roda.

O Grupo Caçuá, que sustenta "Ô menina" com tambor, pandeiro e pífanos, coloca o CD de novo de pé no chão, em versos simples, com coro feminino e estrutura de pergunta e resposta. Prepara o terreno para Luiz Gonzaga, com sua "A vida do viajante". Acompanhado pelo trio tradicional do forró (zabumba, sanfona e triângulo), Gonzagão não deixa espaço para Antônio Fagundes: no disco, Deus é ele.

Com tom apocalíptico de profeta do sertão, o Cordel do Fogo Encantado questiona - e, ao mesmo tempo, reverencia - os deuses do Nordeste com a batuqueira de "Os anjos caídos", feita especialmente para o filme e incluída também no novo CD do grupo.

Pequenos pecados, porém, ficaram reservados para o final. Não que as versões de Djavan para "Melodia sentimental" - ou de Lenine, para "A vida do viajante" sejam ruins. A primeira une a voz doce de Djavan a um belo arranjo de cordas e piano. Já Lenine faz uma curiosa releitura, cheia de timbres metálicos, da canção de Gonzagão. Mas, elas perdem quando comparadas às leituras que as precedem no CD. Nada grave. Afinal, apesar da ficha técnica falha (sem o nome dos intrumentistas), o disco tem tudo que precisa para garantir seu lugar no céu.





FESTIVAL

Miscelânea sonora do APR

Marcelo Benevides



Chico Correa e Eletronic Band (PB): Um dos principais nomes da cena musical da Paraíba, é da mesma safra de Escurinho, que também já pisou em terras recifenses em outras ocasiões...

mesma safra de escurinho.... acho que o jornalista tá meio desatualizado...
Abertura do APR agrada, mas não empolga
12/Abr/2003 12h21

Arthur Grupillo
Do JC OnLine

Nada de grandes apresentações, homenagens a personalidades da música, manifestações políticas ou protestos contra a guerra. Na noite de abertura do Abril pro Rock, nesta sexta, todos compraram as palavras de Falcão, vocalista da banda carioca O Rappa, "viemos aqui para cantar música". E foi o que fizeram. Entraram, tocaram e pronto.

O público ansioso chegou com antecedência para a primeira apresentação da noite, a da banda paraibana Chico Correa, que começou às 21h30. O vocal feminino e os malabarismos do saxofonista Samuel deram vida aos ritmos sampleados pela eletronic band.

Quando o público foi chamado ao palco principal, não faltaram vibrações para receber o grupo pernambucano DJ Dolores y Orchestra Santa Massa. O show foi uma prova da evolução técnica da banda, já que artisticamente não há dúvidas do seu potencial. "Conseguimos fazer tudo o que fazemos nos ensaios", garantiu o guitarrista Fábio Trummer. Já para a vocalista Isaar França, o som pode amadurecer mais ainda.

Não demorou para levantar a platéia o maracatu de uma tonelada da Nação Zumbi. Apesar dos 50 minutos de entusiasmada apresentação das músicas do novo disco, que tem o mesmo nome da banda, os momentos de êxtase ainda estavam reservados aos sucessos da época de Chico Science. Deve-se destacar também a presença de Fred O4, que saiu do palco dizendo "foi um dos momentos memoráveis da minha vida", após participação especial na música Manguetown.

O encerramento da noite ficou para o peso confuso e com sotaque carioca de O Rappa. Mas antes, 15 meninas do balé afro Majê Molê, da comunidade de Peixinhos, abriram o show. Elas são ligadas à ONG Fase - Federação para Assistência Social e Educacional, apoiada pelos músicos da banda.


O Rappa não aqueceu. Esperavam-se protestos contra o conflito no Iraque ou discursos políticos, como é de praxe, o que não houve. Em show longo e inconstante, ora empolgava com sucessos como O homem bomba e Me deixa, ora esfriava, perdendo o clima gerado pela bem-sucedida apresentação de Nação Zumbi.


"Fala-se que Pernambuco tem cena musical. Tem, é verdade. Mas estranho como um festival de música aqui no Estado finaliza com uma banda carioca. Gostaria que Nação estivesse encerrando a noite", reclamou o estudante de Administração Gilberto Valle.
Abril Pro Rock
Fred O4 encerra show da paraibana Chico Correa
11/Abr/2003 22h04

Do JC OnLine
Com informações de Fabíola Blah, direto do Centro de Convenções de Pernambuco

Com a participação do músico Fred 04, do Mundo Livre S.A, foi encerrado o show da banda Chico Correa (PB), no palco 2 do Abril Pro Rock 2003, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Após a banda paraibana, começou a apresentação dos pernambucanos DJ Dolores e Orchestra Santa Massa (PE), no palco 1.

Ainda se apresentam neste primeiro dia de festival:

Palco 1:
Nação Zumbi (PE)
O Rappa (RJ)

Palco 2:
Stereo Maracanã (RJ)
Instituto (SP)

sábado, abril 12, 2003

Festival Publicada em 4//2//3 às 12h51

Abril Pro Rock continua forte na 11° edição

A mistura de ritmos ainda não acabou; esta é afirmação mais eficaz para definir a primeira noite do Abril Pro Rock 2003, que começou ontem no Centro de Convenções de Pernambuco. O festival está na décima-primeira edição e tornou-se o maior evento do estilo pop-alternativo no País. Ao todo, são três dias de shows, divididos em dois palcos e que reuniu, só no ano passado, mais de 15 mil pessoas.

A sexta-feira do APR abriu com a apresentação de Chico Correa e Eletronic Band. Segundo o público, o grupo da Paraíba fez uma ótima apresentação, que contou com a participação especial de Fred 04 – líder da Mundo Livre S.A.. Para completar a nostalgia, que, se tratando de música bem feita no Estado, mostra-se cada vez mais revitalizada, o palco principal iniciou com o show de DJ Dolores Y Orchestra Santa Massa.

O grupo juntou o ritmo do vocal pernambucano, com a rabeca, a bateria, a guitarra e o saxofone; misturando tudo com as batidas eletrônicas comandadas por DJ Dolores. A apresentação foi fantástica e, com certeza, estimulou os ânimos dos músicos que começarão uma turnê pelos Estados Unidos.

Na noite de ontem, ainda tocaram no segundo palco os paulistas do Instituto e os cariocas do Stereo Maracanã. Este último fez uma ótima apresentação, misturando o hip hop da periferia e a base da música eletrônica. O show não foi melhor por causa dos problemas de acústica do Centro de Convenções, que atrapalha boa parte do evento.

Relembrando os velhos tempos, o Nação Zumbi levantou o público do APR, que pulou com os sucessos da época com Chico Science e com as músicas do novo disco. O show teve mais uma participação especial de Fred 04, que ajudou a embalar o sucesso do grupo, Manguetown. O primeiro dia do APR finalizou com os cariocas do Rappa, que reuniu um grande número de pessoas e cantou a preocupação com a realidade brasileira.

Neste sábado, a noite será dedicada para quem curti músicas de rock pesado, como os pernambucanos do Porão GB e do Hanagorik. O segundo dia do festival também trará a única apresentação internacional deste ano – o grupo alemão, Terroggruppe.

Por Thiago Marinho, da Redação do PERNAMBUCO.COM

Confira:



quinta-feira, abril 10, 2003

http://www.pernambuco.com/diario/2003/04/10/viver14_0.html

Mulheres quebram tabu no APR

Em 11 anos de Abril Pro Rock, é a primeira vez que a presença feminina se multiplica no palco

Aline Feitosa especial para o DIARIO

Organizadores estimam que mais de 30 mil pessoas invadirão o Centro de Convenções de Pernambuco neste final de semana para encarar a maratona de 23 shows do Abril pro Rock (APR). O festival, o público recifence conhece bem. Só que desta vez, vai perceber que em algumas apresentações o palco vai estar mais colorido, florido. É a presença feminina, que nunca esteve tão forte em 11 anos de APR, rearfimando o que a maioria das pessoas já sabe: elas não chegam ao palco apenas para enfeitar. São bem preparadas, cantam, tocam e calam a boca de muitos machistas por aí. Cinco bandas vão colocar à frente mulheres, que prometem encantar um público bem receptivo: Pitty (BA), Chico Correa (PB), DJ Dolores e Orquestra Santa Massa (PE), Nancyta e os Grazzers (BA) e Azabumba (PE).

Amanhã, a partir das 21 horas, começam os shows. A segunda banda a se apresentar será DJ Dolores e Orquestra Santa Massa. Isaar França comanda os vocais e toca percussão com braços firmes que deixam muitos homens com inveja. Para Dolores, ela é fundamental na banda e define a estética final. "O sotaque musical dela é maravilhoso", diz e completa que Isaar é tratada pelos outros componentes como se fosse uma princesa. No mesmo dia, entra no palco a graça de Larissa, 20, vocalista, que trabalha com Chico Correa há dois anos. Cercada por quatro rapazes, ela conta que não tem problemas com os companheiros de trabalho. "O que importa mesmo é o resultado final, o som perfeito aos ouvidos do público", opina. Baixinha, morena e com carinha de 16, ela espera passar em 30 minutos de show, junto com a banda, um resumo do trabalho que mistura música eletrônica e influências bem brasileiras.

O sábado mantém a tradição: é o dia do som pesado no Abril, dia de bater a cabeça. Acostumados a ouvir os gritos masculinos nos vocais das bandas de metal e hardcore, o público underground terá uma surpresa na primeira apresentação na noite. Sobe ao palco Nancyta e os Grazzers. A voz bem entoada da moça, tem força para se sobresair da guitarra, baixo e bateria que a acompanham, Nancyta, 30, é bem direta: "Nunca tive banda de menina. Isso é muito chato!". O corpo tatuado e um visual marcado por roupas exóticas, ela diz que a cobrança do público, principalmente masculino, existe sim. Mas quando ela abre a boca, as outras se calam. "A gente tem que se impor", comenta. Com noção musical de vários instrumentos e professora de técnica vocal, a baiana compõe a maioria das músicas da banda, curte som pesado desde os 9 anos e ainda é mãe de Lana, 9, que segue os mesmos passos e faz uma participação no disco.

O último dia do festival é aquele mais light, onde a música regional ganha rumo e o rock pop chega aos ouvidos. Com início marcado para as 17 horas, o começo da noite será entoado pela Azabumba. Com oito músicos, a banda também tem sua flor de formusura. Aninha, 25, leva às caixas de 110 decibéis sua voz doce, dando harmonia à "música regional com influência contemporânea" - estilo definido por ela. À vontade no palco, Aninha, que teve como um dos mestres o percussionista Naná Vasconcelos, afirma que o público vai ver uma novidade da cena pernambucana. "A Azabumba está levando ao APR um som com elementos variados. Acredito que vai agradar a todos", diz.

Pitty pode até roubar o apelido de Carmem Miranda e ser chamada de Pequena Notável. O Pitty de Priscila veio da infância, por ser miúda. Mas, em personalidade ela é bem grandinha. Descontraída, diz que antes de entrar no palco faz um preparo especial: dez polichinelos, cinco levantamentos de braço e uma cerveja bem gelada. Pronto! Está apta a colocar em prática seus quase dez anos de carreira. "Pra mim não existe diferença entre público masculino e feminino. O que importa é o som que fazemos", afirma emendando que já passou o tempo das cabeças evoluírem e que essa história de machismo é pra boi dormir.

terça-feira, abril 08, 2003


2 a 7 de dezembro de 2003
Salvador - Bahia


O Mercado Cultural é o resultado de 7 anos de um festival que inicialmente era chamado de Via Bahia Festival, nascido em 1990. Em 1997, somou-se à Celebração da Herança Africana, para, finalmente, em 1999 assumir o atual nome de Mercado Cultural. Promovido pelo Instituto Cultural Casa Via Magia, o Mercado Cultural é um evento que acontece em Salvador, Bahia, há 5 anos, com o objetivo de fundamentar talentos, dar visibilidade à cultura, criar possibilidades à distribuição e cooperação cultural e fomentar o diálogo, o intercâmbio cultural e a oportunidades de negócios.

O evento reúne artistas, jornalistas, produtores e diretores de centros culturais, festivais e instituições, através de uma rica programação artística com shows, espetáculos de teatro e dança e exposições de artes visuais, com artistas e participantes vindos dos cinco cantos do mundo. Como parte da programação do evento, são também realizadas conferências, encontros, workshops e a FALA, uma Feira de Artes voltada à realização de negócios e estabelecimento de contatos.

Focada no tema Contrastes, a última edição do Mercado Cultural, realizada em 2002, apresentou uma programação artística que reuniu grandes nomes da cena mundial, a exemplo de Nathan Davis, Curtis Fuller, Abraham Laboriel, Larry Coryell, Idris Muhammud e George Cables, formando o All Star Jazz Group, Toninho Ferragutti, Dominguinhos, Renato Borghetti e Dino Rocha, no projeto O Brasil da Sanfona, Quinteto da Paraíba, Marlui Miranda (São Paulo), Petrona Martinez (Colômbia), Yair Dalal (Israel), Berimbrown (Minas Gerais), Mundo Livre S/A (Pernambuco), Ceumar (Minas Gerais), Armandinho (Bahia), Oriental Music Ensemble (Palestina), Marcos Suzano (Rio de Janeiro), dentre outros, e trouxe à Bahia, profissionais do segmento cultural da Europa, Ásia, África, Caribe e Américas, interessados em desenvolver possibilidades de cooperação internacional e criação de intercâmbios e oportunidades de negócios.


>>Seleção Artística

A programação artística do Mercado Cultural é elaborada por uma curadoria artística específica para cada área. As inscrições para participar desse processo seletivo já estão abertas e os interessados devem enviar materiais até o dia 30 de abril de 2003 (data de recebimento do material) para o seguinte endereço:

Instituto Cultural Casa Via Magia
(Mercado Cultural)
Rua Henriqueta Catarino, 123
Federação
Salvador – BA
CEP 40.220-180


>>Material necessário

Música
· CD do grupo / artista
· Breve release com informações sobre o trabalho do artista e dados para contato.

Teatro
· Fita de vídeo VHS / NTSC apresentando trechos ou o espetáculo completo
· Breve release com informações sobre o espetáculo e dados para contato.

Dança
· Fita de vídeo VHS / NTSC apresentando trechos ou o espetáculo completo
· Breve release com informações sobre o espetáculo e dados para contato.


Artes Visuais
· Portfolio do artista
· Proposta para exposição



>>Equipe Mercado Cultural

Direção Geral: Ruy Cezar Silva

Coordenação Planejamento e Produção: Jamile Vasconcelos

Curadoria Música: Benjamim Taubkin
Curadoria Dança: Lia Robatto
Curadoria Teatro: Carmem Paternostro
Curadoria e Coordenação Artes Visuais: Rose Lima

Coordenação Design Gráfico: Rose Vermelho
Assistente Gráfico: Marcos Avellan
Logística e Sistemas de Informação: Paulo Ney Leite

WebDesign: Adriano ‘cosmocarpenter ‘ Magalhães


>>Entre em contato conosco

Tel.: +55 (71) 247 0068
Fax: +55 (71) 245 3089

mercado@viamagia.com.br
webmaster@viamagia.com.br

sábado, abril 05, 2003

Texto publicado originalmente na revista Play número 4, junho de 2002

Chico Correa (PB)
http://www.manguebit.org.br/chicocorrea/

Guitarrista, o paraibano Chico Correa já brincou de jazz fusion e tentou ser
um virtuose em seu instrumento, mas a eletrônica interferiu no caminho. O
resultado é um dos músicos nordestinos mais promissores de sua geração. Sem
respeitar fronteiras técnicas, sonoras ou de formato, Chico combina
elementos diferentes à cada apresentação, remixando ao vivo trechos
recém-tocados, fundindo orações musicais com dub, samba, forró e
drum'n'bass, ritmos sincopados com batidas quadradas, solos, samples e
truques de gravação. Como referências, cita a própria experimentação musical
como caminho a seguir, embora não negue sua capacidade de absorção, listando
referências "do jazz, dos ritmos do nordeste, da minha semi-formação
erudita, das minhas frustrações e motivações musicais, das referências da
world music, das informações que capto via internet e da minha falta de
referência...".
Alexandre Matias

(sexta feira, 04 de abril de 2003)


JP-ZINE
Chico Corrêa para ouvir em casa

Eletronic Band faz festa de lançamento do primeiro CD


»JOÃO PESSOA
»ANDRÉ CANANÉA
»da reportagem local


Depois de mostrar com quantos bits se faz música eletrônica de primeira, Chico Corrêa e sua trupe Eletronic Band partiram para o registro de algumas de suas produções em compact disc. Hoje à noite, CC&EB lançam seu primeiro CD, uma demo produzida de forma independente que traz cinco faixas inéditas e mais dois remixes. O disco terá tiragem de 300 cópias e será apresentado ao público logo mais, no Café Empório, em Tambaú. A festa, infelizmente, não terá a banda ao vivo, mas sim, seus integrantes discotecando suas influências e bandas que costumam freqüentar o Cdplayer da rapaziada.

Na estrada há pouco mais de um ano, Chico Correa & Eletronic Band é um dos mais festejados artistas da música pop paraibana no cenário nacional. Depois de figurar em publicações especializadas e até ganhar destaque na MTV, Chico Correa se prepara para o Abril Pro Rock, que tem início no próximo dia 11, em Recife. O grupo paraibano é uma das atrações do primeiro dia de festival, a sexta-feira. O Abril Pro Rock reúne nomes inéditos e consagrados do pop-rock brasileiro e recebe a atenção dos principais meios de comunicação do país.

Na bagagem, Chico Correa diz que vai levar o primeiro rebente. O CD traz faixas como “Sambadub”, canção já bem conhecida do público, aqui em sua versão com arranjos para a banda, “Bossinha”, música da sumida Prozac Sound System (de onde veio a Eletronic Band), “Serena Serená”, música tradicional paraibana, “Odete” que, segundo o próprio Chico, é uma homenagem a Dona Odete, cantadora de coco da cidade de Pilar e “Afrotech”, faixa que também integra o CD coletânea “Abril Pro Rock 2003”. Como bônus, o CD ainda traz dois remixes, um para “Serena Serená” (numa versão drum 'n' bass) e “Afrotech”.

As músicas desse CD foram gravadas aos poucos. “80% do material foi gravado aqui em casa mesmo”, revela Chico Correa, que utiliza um micro K6-2 de 500 MHZ para produzir seu som eletro-acústico. O restante foi gravado no estúdio de Marcelo Macedo, nos Bancários. Chico revela, ainda, que até jun

ho deverá lançar mais um CD-demo com sete faixas e, num futuro breve, juntar os dois CDs em um álbum oficial.



O Brasil Eletrônico de Chico Correa

Por Mara Souza
A música brasileira vem silenciosamente renovando o seu perfil. Apesar da rara divulgação pela mídia dos projetos e das experimentações que vêm sendo feitas no país, novos nomes que apostam nos ritmos nacionais começam a se tornar conhecidos dentro do meio musical.

Exemplo dessa nova geração que acredita na música brasileira é Chico Correa, pseudônimo adotado por Esmeraldo Marquez produtor de música eletrônica, DJ e guitarrista. Ele comanda o projeto Chico Correa & Eletronic Band, que atualmente conta com 8 músicos, de formações diversas. O projeto aposta na e-music, com claras referências à música popular brasileira e ao jazz – o nome Chico Correa é uma referência a Chick Correa, pianista de jazz. “É um processo natural para utilizar minhas referências locais, os ritmos, sonoridades, melodias, misturadas com os segmentos da música eletrônica com que me identifico”, disse Chico em entrevista por e-mail ao Cultura In.com.

Chico começou sua trajetória musical aos 17 anos, quando tocava guitarra, pesquisava sons de culturas diversas e freqüentava apresentações de amigos do hip-hop em Aracaju. Após ter se mudado para João Pessoa, onde mora hoje em dia, entrou em contato com projetos de música experimental, e se aprofundou no contato com a cultura nordestina.

O que se seguiu foi um estágio em um estúdio de gravação, a aprovação no curso de música da Universidade Federal da Paraíba e a idéia de criar um grupo de jazz. A idéia acabou não saindo do papel, mas as experimentações já tinham se iniciado, depois de Chico ter comprado uma viola de repente e um computador. “Meu interesse não é específico pela música eletrônica, mas sim pela música e por tudo o que está relacionado a ela: técnicas de gravação, produção, arranjo, composição. Mas foi na música eletrônica que me senti mais à vontade para juntar minhas idéias, experimentar e produzir”, afirmou.

Questionado sobre a expansão da música eletrônica no nordeste, Chico frisou a importância da organização para o crescimento da cena de e-music. “Iniciativas como as do Pragatecno (e todos seus coletivos) vêm consolidando uma cena organizada, realizando intercâmbios, encontros, eventos, divulgando os aspectos da cultura da música eletrônica aos leigos e batalhando por espaços aos Djs das cenas locais. A música eletrônica já tem mais aceitação e público no nordeste pra fazer eventos de maior porte, é só comparar com a cena de alguns anos”, disse.

A única ressalva é quanto ao intercâmbio entre DJs do nordeste e do eixo Rio-São Paulo. Para ele, é muito mais comum que, em se tratando de festas e afins, os “sulistas” se apresentem para os nordestinos, do que o inverso. A inserção nos mercados se torna mais simples pela internet, que facilita a troca de informações e a disponibilização de músicas no formato mp3. “Eu nunca lancei nada meu em cd, foi tudo via web mesmo, aprendi muita coisa e continuo através da internet. É um espaço ilimitado para divulgação, formação de público, opinião e comercialização”, contou.

Projetos para 2003

Este ano, Chico pretende iniciar uma parceria com músicos da Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e concretizar uma outra com o grupo paraibano Cabruêra www.cabruera.cjb.net, idéia que já acalenta há algum tempo. Outros planos são a conclusão das gravações do CD da Chico Correa & Eletronic Band e a continuação do trabalho com Gilberto Monte (da banda baiana Tara Code), com quem esteve em Salvador no Loops & Roots, dentro do Conex@o.

“Foi uma ótima experiência a apresentação na Bahia. Já vinha discutindo a possibilidade de trabalhar em parceria com Gilberto Monte desde sua visita a João Pessoa, no início de 2002. No Loops & Roots a proposta era uma apresentação de 15 minutos que acabou passando dos quarenta, com alguns desencontros técnicos que fazem parte desse tipo de proposta, já que a música é montada na hora mesmo.” E ficou a promessa de um retorno a Salvador: “Quando der eu volto!”.

http://www.culturain.com/materias.asp?culturain_id=1

To colocando o remix de odete no acidplanet, depois atualizo a seção da electronicband e coloco fotos.
Ficarao 3 seções definidas: 1. ChicoCorrea (coisas que faco so, remixes, etc), 2. ChicoCorrea&ElectronicBand (Cd demo, banda, coisas ao vivo), 3. ChicoCorrea&GilbertoMOnte (pra por as parcerias com o gil).

Será que esqueci alguma coisa ontem no bar???
nem cheguei em casa ainda, Tadzio e naza tao apagados.
to de ressaca, acho que ontem nao foi grande coisa, mas foi divertido, se agente nao tivesse atrasado tanto, talvez fosse mais organizado...por outro lado descobrimos caminhos em joao pessoa que nunca havíamos passado antes, nos perdemos pra achar a casa dee tadzio, ai fomos parar em outro bairro, depois da sensação de andar em circulos acabamos voltando e achando a casa de Adailton, ai na volta agente se perdeu de novo.
deu pra vender qtos cds ontem???
esquecemos de passar um pro Lanusse.

quarta-feira, abril 02, 2003


mais aventuras de victor manuel, o afrogato.

terça-feira, abril 01, 2003

foi foda mesmo. que jornalista nojentinha!
ei lala, tu comanda a banda eh?
atenção todos: 4 e meia da tarde será gravado o programa pro paraíba meio-dia.estejam a postos!!!

Contrangida com o que???
Sem ser machista...
cuidado lala, jornalista é sempre tendencioso.
tb sem ser machista, nao entende mesmo, heuehueheuheuheuhheu
e normalmente a passagem de som se deixar é um caos, a começar por vitor, que stressa qualquer tecnico de som tocando bateria quando nao precisa.
Nao vejo como uma questao de sexo, mas de funções pre definidas pra ter dinamismo e organização, não é o fato de ser uma mulher cantando, poderia ser o Ozzy Ousbourne ou o Nat King Cole, mas quando nao tem o que fazer, nao faz, afinal vocalista nao tem tantas procupações com efeitos, volume de amp, conexões de mixers, afinação de instrumento, fontes de energia, montagem de equipamento...e outra coisa muito importante que aprendi com o NelsonAyres: uma pessoa fica encarregada de explicar e argumentar o que a banda precisa no palco com o tecnico, vc já tentou falar com 7 pessoas ao mesmo tempo, cada uma exigindo algo diferente??? tem que ter um mediador pra organizar e criar uma sequencia de montagem, já vi muita confusão e erros que poderiam ser evitados em shows por conta disso, nunca stressar o tecnico, afinal dependemos dele.

é isso, quem tá stressado aqui sou eu, mas tenho meus motivos.
fui
só pra esclarecer isso...
Terça-feira,
1º de abril de 2003

A força das mulheres no Abril

Este ano, cinco mulheres se destacam na programação do Abril Pro Rock 2003

Marcos Michael

A percussionista Aninha, do Azabumba, vai mostrar sua força na terceira noite do Abril

Vanessa Lins
especial para a Folha

Há décadas elas lutam por direitos iguais. E, aos poucos, conquistam cada vez mais reconhecimento em várias profissões. No universo musical, ainda são minoria, apesar de sempre emprestarem a voz a inúmeras composições famosas tocadas nas rádios. As mulheres estão chegando com tudo nesse meio predominantemente masculino, não só como cantoras mas também como musicistas. O Abril Pro Rock 20 03 é um exemplo disso. Este ano, o festival de música mais importante do Estado, e um dos maiores do Brasil, vai ter a participação de garotas de talento, fazendo som regional ou quebrando tudo no heavy metal.
Pode parecer pouco - apenas cinco garotas - mas, pasmem, essa é a edição do Abril Pro Rock com maior número de participações femininas desde 1999. E as garotas prometem fazer bonito no palco, com a segurança de quem já é acostumado com os holofotes.
Ela é a voz da banda DJ Dolores e Orchestra Santa Massa. O repertório mescla batidas eletrônicas com rabeca e guitarra. Isaar França ingressou na música há sete anos como percussionista e diz que nunca sofreu tratamento diferenciado por ser mulher, mas admite que é mais fácil ser cantora que musicista. ôO trabalho percussivo feito por nós ainda é pouco reconhecido, mas já é admitidoö, comenta. Mas isso não constrange a percussionista, que fica bem à vontade entre os colegas homens. “No Free Jazz 2001, eu era única mulher”, lembra ela.
De João Pessoa para Recife. A banda Chico Correa é comandada pela vocalista Larissa Queiroz, há pouco mais de um ano, e é a primeira vez que se apresenta no festival. A cantora comenta a relação que tem com os meninos da banda. “Os homens tomam a frente de tudo. Fico meio constrangida com isso”, se queixa a cantora, que completa: “Na passagem de som, os técnicos acham que eu não entendo nada daquilo e sempre se dirigem aos músicos”, reclama.
Já a cantora Nancyta, do grupo Nancyta e os Grazzers, não tem do que reclamar. Aos 14 anos, quando se mudou de Piracicaba para Salvador, ela freqüentava shows de heavy metal que, até então, eram um espaço exclusivo dos garotos. “Nunca fui discriminada”, afirma a vocalista, compositora e produtora musical. A relação com os músicos é tranqüila. “Fiquei meio assexuada. Eles me vêem como um menino também”, diverte-se. A banda vai abrir a noite de peso do Abril Pro Rock.


Participação pernambucana

A percussionista Aninha é uma veterana no cenário musical pernambucano. Atualmente canta e toca no conjunto Azabumba e faz sua segunda participação no Abril Pro Rock - a primeira foi em 2001, com Silvério Pessoa. Na bagagem, traz dois momentos delicados colocaram em cheque o seu profissionalismo. “Quando tocava com Naná Vasconcelos comentavam que eu era só mais uma menina bonitinha que tocava”, recorda. A outra saia justa ocorreu quando ela ingressou no Maracatu Estrela Brilhante, o qual tinha a tradição de admitir apenas homens.
Hoje a situação é diferente. “No carnaval, muitas mulheres tocam tambores”, observa Aninha. A artista não acha que o mercado seja mais difícil para elas. Profissionais de ambos os sexos precisam estudar muito para ter seus trabalhos reconhecidos. Isso não depende de ser homem ou mulher, e sim, do esforço pessoal. (V.L.)

Saiba mais

Dia 11 de abril
Palco 1 - DJ Dolores & Orchestra Santa Massa (Pernambuco)
Palco 2 - Chico Correa (Paraíba)
Dia 12 de abril
Palco 2 - Nancyta e os Grazzers (Bahia)
Dia 13 de abril
Palco 2 - Pitty (Bahia)
Palco 2 - Azabumba (Pernambuco)

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