quarta-feira, fevereiro 19, 2003
Domingo, 16 de Fevereiro de 2003
Nova geração indie é destaque do Abril Pro Rock
Hagamenon Brito
Nancyta e Pitty representarão a Bahia na edição 2003 do festival pernambucano
Ano passado, quando comemorou uma década, o Festival Abril Pro Rock trouxe as atrações internacionais The Charlatans e The Mission (ambos da Inglaterra) e Stephen Malkmus (EUA). E, além da sede recifense no Centro de Convenções de Pernambuco, o mais tradicional evento musical da cena independente brasileira teve uma etapa paulista, no Sesc Pompéia.
Em 2003, com a crise econômica dificultando ainda mais a obtenção de patrocínios e impulsionando a alta do dólar, o festival volta a acontecer apenas em Recife, dias 11, 12 e 13 de abril, e foca a atenção na nova geração indie, além de veteranos que têm postura alternativa: O Rappa, Ira!, Nando Reis e Nação Zumbi.
"Pensei em trazer Frank Black (ex-Pixies), mas ia ficar em torno de US$20 mil. É alto para a gente neste momento e, sem bandas de fora, ficou inviável a etapa paulista este ano. Fechamos o foco em novos artistas independentes do Nordeste, como Nancyta e Os Grazzers e Pitty, aí da Bahia, e de outras regiões, como Cachorro Grande, de Porto Alegre", afirma o produtor Paulo André.
Entusiasmado com o CD de Nancyta e Os Grazzers e confiando no taco da cantora Pitty - cujo álbum de estréia sai no começo de abril pela gravadora carioca DeckDisc, com produção de Rafael Ramos (Los Hermanos, Raimundos) -, Paulo André engrossa o coro dos que acham que o melhor do rock nacional atual está na cena independente e não no mainstream.
"No caso do Nordeste, onde os problemas estruturais são maiores, é ótimo ver como artistas surgidos nos 90, como Nancyta e Pitty, conseguiram sobreviver e evoluir. Você precisa ver também Chico Correa, da Paraíba. Na verdade, é uma banda com elementos de música eletrônica. O nome é uma brincadeira com Chick Corea (famoso pianista do jazz)".
Junto com o grupo carioca Stereo Maracanã (com CD pelo selo baiano Maianga Discos) e o projeto paulista Instituto, o Chico Correa toca dia 11 no Palco 2, voltado para o groove eletrônico. Com o assassinato do seu colaborador vocal, o rapper Sabotage, o Instituto vai se apresentar com B-Negão, Fred 04 e Bomsucesso nos vocais.
Como sempre ocorre, o segundo dia do APR será do metal e rock pesado. "Geralmente é a noite de maior público. Eles são muitos fiéis, é impressionante", diz Paulo André. Entre as atrações, a banda paulista Shaman, a alemã Terrorgruppe, as capixabas Dead Fish e Mukeka di Rato, a pernambucana Hanagorik e Nancyta e Os Grazzers, que abrirá o Palco 2.
Nova geração indie é destaque do Abril Pro Rock
Hagamenon Brito
Nancyta e Pitty representarão a Bahia na edição 2003 do festival pernambucano
Ano passado, quando comemorou uma década, o Festival Abril Pro Rock trouxe as atrações internacionais The Charlatans e The Mission (ambos da Inglaterra) e Stephen Malkmus (EUA). E, além da sede recifense no Centro de Convenções de Pernambuco, o mais tradicional evento musical da cena independente brasileira teve uma etapa paulista, no Sesc Pompéia.
Em 2003, com a crise econômica dificultando ainda mais a obtenção de patrocínios e impulsionando a alta do dólar, o festival volta a acontecer apenas em Recife, dias 11, 12 e 13 de abril, e foca a atenção na nova geração indie, além de veteranos que têm postura alternativa: O Rappa, Ira!, Nando Reis e Nação Zumbi.
"Pensei em trazer Frank Black (ex-Pixies), mas ia ficar em torno de US$20 mil. É alto para a gente neste momento e, sem bandas de fora, ficou inviável a etapa paulista este ano. Fechamos o foco em novos artistas independentes do Nordeste, como Nancyta e Os Grazzers e Pitty, aí da Bahia, e de outras regiões, como Cachorro Grande, de Porto Alegre", afirma o produtor Paulo André.
Entusiasmado com o CD de Nancyta e Os Grazzers e confiando no taco da cantora Pitty - cujo álbum de estréia sai no começo de abril pela gravadora carioca DeckDisc, com produção de Rafael Ramos (Los Hermanos, Raimundos) -, Paulo André engrossa o coro dos que acham que o melhor do rock nacional atual está na cena independente e não no mainstream.
"No caso do Nordeste, onde os problemas estruturais são maiores, é ótimo ver como artistas surgidos nos 90, como Nancyta e Pitty, conseguiram sobreviver e evoluir. Você precisa ver também Chico Correa, da Paraíba. Na verdade, é uma banda com elementos de música eletrônica. O nome é uma brincadeira com Chick Corea (famoso pianista do jazz)".
Junto com o grupo carioca Stereo Maracanã (com CD pelo selo baiano Maianga Discos) e o projeto paulista Instituto, o Chico Correa toca dia 11 no Palco 2, voltado para o groove eletrônico. Com o assassinato do seu colaborador vocal, o rapper Sabotage, o Instituto vai se apresentar com B-Negão, Fred 04 e Bomsucesso nos vocais.
Como sempre ocorre, o segundo dia do APR será do metal e rock pesado. "Geralmente é a noite de maior público. Eles são muitos fiéis, é impressionante", diz Paulo André. Entre as atrações, a banda paulista Shaman, a alemã Terrorgruppe, as capixabas Dead Fish e Mukeka di Rato, a pernambucana Hanagorik e Nancyta e Os Grazzers, que abrirá o Palco 2.