domingo, abril 13, 2003
Abertura do APR agrada, mas não empolga
12/Abr/2003 12h21
Arthur Grupillo
Do JC OnLine
Nada de grandes apresentações, homenagens a personalidades da música, manifestações políticas ou protestos contra a guerra. Na noite de abertura do Abril pro Rock, nesta sexta, todos compraram as palavras de Falcão, vocalista da banda carioca O Rappa, "viemos aqui para cantar música". E foi o que fizeram. Entraram, tocaram e pronto.
O público ansioso chegou com antecedência para a primeira apresentação da noite, a da banda paraibana Chico Correa, que começou às 21h30. O vocal feminino e os malabarismos do saxofonista Samuel deram vida aos ritmos sampleados pela eletronic band.
Quando o público foi chamado ao palco principal, não faltaram vibrações para receber o grupo pernambucano DJ Dolores y Orchestra Santa Massa. O show foi uma prova da evolução técnica da banda, já que artisticamente não há dúvidas do seu potencial. "Conseguimos fazer tudo o que fazemos nos ensaios", garantiu o guitarrista Fábio Trummer. Já para a vocalista Isaar França, o som pode amadurecer mais ainda.
Não demorou para levantar a platéia o maracatu de uma tonelada da Nação Zumbi. Apesar dos 50 minutos de entusiasmada apresentação das músicas do novo disco, que tem o mesmo nome da banda, os momentos de êxtase ainda estavam reservados aos sucessos da época de Chico Science. Deve-se destacar também a presença de Fred O4, que saiu do palco dizendo "foi um dos momentos memoráveis da minha vida", após participação especial na música Manguetown.
O encerramento da noite ficou para o peso confuso e com sotaque carioca de O Rappa. Mas antes, 15 meninas do balé afro Majê Molê, da comunidade de Peixinhos, abriram o show. Elas são ligadas à ONG Fase - Federação para Assistência Social e Educacional, apoiada pelos músicos da banda.
O Rappa não aqueceu. Esperavam-se protestos contra o conflito no Iraque ou discursos políticos, como é de praxe, o que não houve. Em show longo e inconstante, ora empolgava com sucessos como O homem bomba e Me deixa, ora esfriava, perdendo o clima gerado pela bem-sucedida apresentação de Nação Zumbi.
"Fala-se que Pernambuco tem cena musical. Tem, é verdade. Mas estranho como um festival de música aqui no Estado finaliza com uma banda carioca. Gostaria que Nação estivesse encerrando a noite", reclamou o estudante de Administração Gilberto Valle.
12/Abr/2003 12h21
Arthur Grupillo
Do JC OnLine
Nada de grandes apresentações, homenagens a personalidades da música, manifestações políticas ou protestos contra a guerra. Na noite de abertura do Abril pro Rock, nesta sexta, todos compraram as palavras de Falcão, vocalista da banda carioca O Rappa, "viemos aqui para cantar música". E foi o que fizeram. Entraram, tocaram e pronto.
O público ansioso chegou com antecedência para a primeira apresentação da noite, a da banda paraibana Chico Correa, que começou às 21h30. O vocal feminino e os malabarismos do saxofonista Samuel deram vida aos ritmos sampleados pela eletronic band.
Quando o público foi chamado ao palco principal, não faltaram vibrações para receber o grupo pernambucano DJ Dolores y Orchestra Santa Massa. O show foi uma prova da evolução técnica da banda, já que artisticamente não há dúvidas do seu potencial. "Conseguimos fazer tudo o que fazemos nos ensaios", garantiu o guitarrista Fábio Trummer. Já para a vocalista Isaar França, o som pode amadurecer mais ainda.
Não demorou para levantar a platéia o maracatu de uma tonelada da Nação Zumbi. Apesar dos 50 minutos de entusiasmada apresentação das músicas do novo disco, que tem o mesmo nome da banda, os momentos de êxtase ainda estavam reservados aos sucessos da época de Chico Science. Deve-se destacar também a presença de Fred O4, que saiu do palco dizendo "foi um dos momentos memoráveis da minha vida", após participação especial na música Manguetown.
O encerramento da noite ficou para o peso confuso e com sotaque carioca de O Rappa. Mas antes, 15 meninas do balé afro Majê Molê, da comunidade de Peixinhos, abriram o show. Elas são ligadas à ONG Fase - Federação para Assistência Social e Educacional, apoiada pelos músicos da banda.
O Rappa não aqueceu. Esperavam-se protestos contra o conflito no Iraque ou discursos políticos, como é de praxe, o que não houve. Em show longo e inconstante, ora empolgava com sucessos como O homem bomba e Me deixa, ora esfriava, perdendo o clima gerado pela bem-sucedida apresentação de Nação Zumbi.
"Fala-se que Pernambuco tem cena musical. Tem, é verdade. Mas estranho como um festival de música aqui no Estado finaliza com uma banda carioca. Gostaria que Nação estivesse encerrando a noite", reclamou o estudante de Administração Gilberto Valle.