segunda-feira, maio 02, 2005
essa é bem mais velha,mas apareceu agora- foi retirada do blog surfista prateado
"Salvador se salvou!
Fiquei semanas sem escrever e o motivo é simples! Não tinha o que escrever e não queria só falar mal da vida, falar do tédio e das coisas que não acontecem por aqui. Daí aconteceu uma coisa inusitada! Darisbo resolveu visitar a mãe! Após 3 anos sem ver a velha, ele resolveu ir pra Porto Alegre, e no caminho vai passar por São Paulo e pegar minhas coisas que faltam trazer pra cá.
Uma viagem dessas leva pelo menos 2 semanas e eu fiquei triste de não ir e ainda ficar sem ele, então resolvemos que o mínimo que podia ser feito era um fim de semana romântico em Salvador, daonde ele pegaria o avião.
Pela primeira vez tive uma visão legal dessa cidade! Fugindo dos lugares turistosos e nem ao menos passando perto do pelourinho, fui tratada como normal e não como "branca, logo turista". Ficamos em um hotel perto do centro, cuja diária vai de 24 a 2 horas, e que fica na zona limite entre o rico e o pobre, como se fosse a Consolação, em São Paulo. Eu pude então prestar atenção em casa com azulejos portugueses e gárgulas nos telhados sem ter medo de ser assaltada, pude ver o Teatro Castro Alves, o Acbeu (acho que é assim que se escreve), comer com calma, sem ninguém vir pedir um trocado, e ver que a população de Salvador é imensa e que inclui até japoneses.
Das duas últimas vezes que eu fui, uma foi na festa de Iemanjá e outra fui conhecer o pelourinho com meus pais, tive uma impressão muito "macumba pra turistas'.
Nessa liberdade de ir e vir, fui no show da banda paraina Chico Correa & EletronicBand, que eu já conhecia porque conheço o Chico e porque tocou no Tim Festival. O show foi num galpão chamado "Glapão Cheio de Assunto" que acho que é de Peu Murray, se não é dele, pelo menos é a sede do trabalho desse cara.
Como não conhecia nada, esperava um galpão todo arrumadinho, transformado em danceteria, e que Peu Murray fosse um francês ou inglês, branco, louco, deslumbrado com as mulatas, que resolveu ficar na Bahia. Primeiro admito que os paulista são preconceituosos e mal informados, e que saem de São Paulo sem saber direito como é o mundo lá fora! Peço desculpas por minha ignorância!
Dei de cara com um grande quintal, dividido em dois galpões fechados, um servindo de bar e outro de danceteria, e um galpão aberto servindo de palco. O chão era, ora de terra batida, ora de um cimento velho e quebrado. A improvisação de nada prejudicou o conforto e a casa lotou. Não só o show de Chico foi magnífico, mas também a discotecagem do Dj El Cabong e a performance do próprio Peu, que tem como instrumentos musicais enormes pneus-tambores, desde pneus de carros a pneus de tratores. Esses instrumentos musicais formam uma banda de percurssão maravilhosa e tanto a turma do Chico Correa como a Turma do Peu Murray interferiram no som um do outro e na performance um do outro com suas percussões..."
"Salvador se salvou!
Fiquei semanas sem escrever e o motivo é simples! Não tinha o que escrever e não queria só falar mal da vida, falar do tédio e das coisas que não acontecem por aqui. Daí aconteceu uma coisa inusitada! Darisbo resolveu visitar a mãe! Após 3 anos sem ver a velha, ele resolveu ir pra Porto Alegre, e no caminho vai passar por São Paulo e pegar minhas coisas que faltam trazer pra cá.
Uma viagem dessas leva pelo menos 2 semanas e eu fiquei triste de não ir e ainda ficar sem ele, então resolvemos que o mínimo que podia ser feito era um fim de semana romântico em Salvador, daonde ele pegaria o avião.
Pela primeira vez tive uma visão legal dessa cidade! Fugindo dos lugares turistosos e nem ao menos passando perto do pelourinho, fui tratada como normal e não como "branca, logo turista". Ficamos em um hotel perto do centro, cuja diária vai de 24 a 2 horas, e que fica na zona limite entre o rico e o pobre, como se fosse a Consolação, em São Paulo. Eu pude então prestar atenção em casa com azulejos portugueses e gárgulas nos telhados sem ter medo de ser assaltada, pude ver o Teatro Castro Alves, o Acbeu (acho que é assim que se escreve), comer com calma, sem ninguém vir pedir um trocado, e ver que a população de Salvador é imensa e que inclui até japoneses.
Das duas últimas vezes que eu fui, uma foi na festa de Iemanjá e outra fui conhecer o pelourinho com meus pais, tive uma impressão muito "macumba pra turistas'.
Nessa liberdade de ir e vir, fui no show da banda paraina Chico Correa & EletronicBand, que eu já conhecia porque conheço o Chico e porque tocou no Tim Festival. O show foi num galpão chamado "Glapão Cheio de Assunto" que acho que é de Peu Murray, se não é dele, pelo menos é a sede do trabalho desse cara.
Como não conhecia nada, esperava um galpão todo arrumadinho, transformado em danceteria, e que Peu Murray fosse um francês ou inglês, branco, louco, deslumbrado com as mulatas, que resolveu ficar na Bahia. Primeiro admito que os paulista são preconceituosos e mal informados, e que saem de São Paulo sem saber direito como é o mundo lá fora! Peço desculpas por minha ignorância!
Dei de cara com um grande quintal, dividido em dois galpões fechados, um servindo de bar e outro de danceteria, e um galpão aberto servindo de palco. O chão era, ora de terra batida, ora de um cimento velho e quebrado. A improvisação de nada prejudicou o conforto e a casa lotou. Não só o show de Chico foi magnífico, mas também a discotecagem do Dj El Cabong e a performance do próprio Peu, que tem como instrumentos musicais enormes pneus-tambores, desde pneus de carros a pneus de tratores. Esses instrumentos musicais formam uma banda de percurssão maravilhosa e tanto a turma do Chico Correa como a Turma do Peu Murray interferiram no som um do outro e na performance um do outro com suas percussões..."