quinta-feira, abril 29, 2004
O Lado2Stereo abandonou o thrash metal para dar vazão
a um monte de maluquices sonoras. Vem do Piauí....................................................................................................................................
O milagre da mudança
por Andre Cananea(cananea@jpbonline.com.br)
Talvez o maior milagre da conversão tenha ocorrido há uns dois anos, no Piauí. O milagre foi transformar uma esporrenta banda de thrash metal num minimalista duo eletro-samba, que flutua entre o jazz e a bossa nova. Esse duo se chama Lado2Stereo, é conduzido por Josh S. e Torment (ou Julliano Lima) e é uma das grandes apostas para o Mada 2004. Os caras caíram nas graças do DJ Dolores, que produziu duas faixas do primeiro CD dos camaradas. O disco se chama “Samba torto e outros ritmos”, ou “o álbum amarelo”, como foi apelidado. É no embalo desse CD que a dupla desembarca em Natal este mês.
Mas o mais curioso é que o disco tem pouco a ver com o show. Ou até tem, sei lá. Cada show dos caras é algo totalmente (ou quase totalmente) novo e diferente. Em Olinda (PE), na semana passada, a dupla fez um show visceral, com guitarras enfurecidas que lembravam os tempos de Monasterium (a tal banda de thrash que deu origem ao duo). Totalmente animal. Quem estava no palco, inclusive, era o paraibano ChicoCorrea.
Os piauienses e o paraibano, aliás, são meio que irmãos... o contato é estreito. Tanto que na semana que antecede ao Mada, Josh e Julliano deverão dar uma passada em João Pessoa (PB). Em janeiro, a dupla do Piauí esteve se apresentando num festival local e arrancou elogios.
Na média, o show do Lado2Stereo costuma ser mais vibrante do que o CD, tecnicamente bem feito, mas morno, sem energia. Ao vivo, os caras destilam um suingue contagiante. É tipo um Sonic Junior (de Alagoas), só que mais sofisticado.
Vale a pena ficar de olho...
» Encontrei o ChicoCorrea no dia em que o LABORATÓRIO POP anunciou as atrações do Mada deste ano. E o ChicoCorrea & Electronic Band será uma das atrações. O músico paraibano já adiantou que o show que irá levar este ano ao festival potiguar é bem diferente da apresentação que rolou no Mada do ano passado. É até mesmo um pouco diferente do que apresentou em novembro, no Tim Festival, no Rio.
Além do VJ – que já estava no Tim - rola um live P.A. no palco. Mas a grande novidade mesmo são as músicas inéditas que estarão no repertório. As músicas farão parte do CD de estréia do grupo, prometido para este ano. Atualmente, a rapaziada e a moça que canta estão em estúdio, gravando as composições.
domingo, abril 25, 2004
Do Jornal O Norte, matéria sobre nosso amigo, colaborador e monstro mór:
ADRIANA CRISANTO
Repórter
adriana@jorrnalonorte.com.br
O artista plástico e quadrinista Shiko, inaugura, simultaneamente, nesta sexta, 23, na loja de discos Música Urbana (Visconde Pelotas - centro), Comic House (Esquina 200 - Tambaú) e Design Tatoo (Duque de Caxias - centro) a exposição inédita "Aquarela que passarinho não bebe". O vernissage acontece na Música Urbana a partir das 17h38, com um pocket-show do grupo Chico Correa & Eletronic Band e discotecagem do DJ Charles Darling. A mostra, com entrada franca, fica no local de segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábado, das 9h às 14h. E de segunda a sábado, das 9h às 21h, na Comic House e Design Tattoo até o dia 22 de maio.
Nesta exposição estão reunidos 18 desenhos em aquarela, nanquim e acrílico, todos em papel, com tamanhos que variam de 30 X 40 cm e 1,20 X 80 cm. "Essa é a primeira vez que exponho desenhos", contou Shiko que também trabalha com grafitagem artística. A escolha dos lugares para esta exposição ao mesmo tempo em que tem haver com o próprio universo do artista é a oportunidade de expor obras de arte em lugares completamente inusitados, fora das galerias de arte, e abrir espaços para as artes em ambientes comerciais.
Os trabalhos de Shiko têm uma relação muito próxima com o cinema, música, literatura, artes plásticas e os quadrinhos. Os desenhos mostram ainda, na sua concepção, toda urbanidade característica de sua vida, sem formalidades. Considerando as características individuais do artista e o contexto de sua produção os desenhos são também parte do espelho de uma tribo, que mesmo indo de encontro aos conceitos formados, consegue penetrar com força e mostrar aspectos culturais de uma sociedade que algumas pessoas chamam de "alienada".
As telas não possuem títulos, mas tem um outro aspecto importante: um argumento para composição, uma dificuldade sentida nos trabalhos de outros artistas quando têm uma boa idéia e não sabem transpor para o papel do princípio ao fim o que querem dizer. Para alcançar matizes coloridas diferentes nas telas as tintas são diluídas em água, por isso o título "Água que passarinho não bebe", que segundo Shiko, foi sugerido pelo amigo Bruno Sales.
Francisco José Souto Leite, mais conhecido por Shiko, é natural de Patos (PB) ou "Ducks", como americanizaram seus colegas, mas reside em João Pessoa há mais de sete anos. O apelido "Shiko" (com S, H e K), surgiu quando trabalhava numa agência publicitária, em Brasília, onde existiam três pessoas com o mesmo nome. "Para ser radical e diferente eu troquei todas as letras da forma correta e acabou pegando", revelou. Pouco tempo depois acabou descobrindo que o nome é de origem japonesa e também se refere ao nome da postura de uma arte marcial, o Kung Fu, que segundo ele significa "a área de alcance da lâmina de um samurai".
Shiko fez escola no Marginal Zine, publicação alternativa, quando ainda residia em Patos. Em 1997, fixou residência em João Pessoa e começou a pintar em acrílico sobre tela. Paralelo ao trabalho com as telas se dedicou ao universo dos quadrinhos, aonde vem produzindo a novela gráfica "Blue Note", baseado no texto de um amigo (Biu). "Inicialmente iria ter 80 páginas. Quando tinha 50 eu achei que com mais 30 terminaria. Hoje ela esta com 100 e ainda esta faltando 30 páginas para terminar", confidenciou.
O texto, conforme o quadrinista, não tinha situações bem definidas e os personagens não possuíam nomes, tudo se resumia a diálogos. "A partir daí comecei a dar cara aos personagens", disse. A novela se constitui em várias histórias curtas que vão se entrelaçando. Boa parte dos episódios acontece num bar, em que um trio de músicos de jazz formado por um robô que toca trompete, um sapo que toca piano, um negão que toca baixo, além de uma boneca inflável que começa fazendo streep e depois é incorporada ao grupo.
Quem acompanha de perto o trabalho de Shiko sabe que seu quadrinho pouco está ligado às tiras de humor, sempre foi centrado na área de ficção científica e adaptação de contos, como de Augusto dos Anjos, Moacyr Scliar e Eduardo Galiano. Ele disse que recentemente se descobriu produzindo alguns desenhos com humor. "Não como trabalho autoral", contou. Infelizmente o trabalho de Shiko nunca foi encartado em livro ou catalogado. Parte de seus quadrinhos e desenhos estão publicados em produções alternativas do Estado e do Sul do país. A intenção, segundo ele, é fazer com que o álbum com a novela "Blue Note" possa ser negociada com alguma editora.
Aquarela Corrosiva
Shiko expõe Aquarela Que Passarinho Não Bebe, simultaneamente em três locais, a partir desta sexta-feira
ADRIANA CRISANTO
Repórter
adriana@jorrnalonorte.com.br
O artista plástico e quadrinista Shiko, inaugura, simultaneamente, nesta sexta, 23, na loja de discos Música Urbana (Visconde Pelotas - centro), Comic House (Esquina 200 - Tambaú) e Design Tatoo (Duque de Caxias - centro) a exposição inédita "Aquarela que passarinho não bebe". O vernissage acontece na Música Urbana a partir das 17h38, com um pocket-show do grupo Chico Correa & Eletronic Band e discotecagem do DJ Charles Darling. A mostra, com entrada franca, fica no local de segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábado, das 9h às 14h. E de segunda a sábado, das 9h às 21h, na Comic House e Design Tattoo até o dia 22 de maio.
Nesta exposição estão reunidos 18 desenhos em aquarela, nanquim e acrílico, todos em papel, com tamanhos que variam de 30 X 40 cm e 1,20 X 80 cm. "Essa é a primeira vez que exponho desenhos", contou Shiko que também trabalha com grafitagem artística. A escolha dos lugares para esta exposição ao mesmo tempo em que tem haver com o próprio universo do artista é a oportunidade de expor obras de arte em lugares completamente inusitados, fora das galerias de arte, e abrir espaços para as artes em ambientes comerciais.
Os trabalhos de Shiko têm uma relação muito próxima com o cinema, música, literatura, artes plásticas e os quadrinhos. Os desenhos mostram ainda, na sua concepção, toda urbanidade característica de sua vida, sem formalidades. Considerando as características individuais do artista e o contexto de sua produção os desenhos são também parte do espelho de uma tribo, que mesmo indo de encontro aos conceitos formados, consegue penetrar com força e mostrar aspectos culturais de uma sociedade que algumas pessoas chamam de "alienada".
As telas não possuem títulos, mas tem um outro aspecto importante: um argumento para composição, uma dificuldade sentida nos trabalhos de outros artistas quando têm uma boa idéia e não sabem transpor para o papel do princípio ao fim o que querem dizer. Para alcançar matizes coloridas diferentes nas telas as tintas são diluídas em água, por isso o título "Água que passarinho não bebe", que segundo Shiko, foi sugerido pelo amigo Bruno Sales.
Francisco José Souto Leite, mais conhecido por Shiko, é natural de Patos (PB) ou "Ducks", como americanizaram seus colegas, mas reside em João Pessoa há mais de sete anos. O apelido "Shiko" (com S, H e K), surgiu quando trabalhava numa agência publicitária, em Brasília, onde existiam três pessoas com o mesmo nome. "Para ser radical e diferente eu troquei todas as letras da forma correta e acabou pegando", revelou. Pouco tempo depois acabou descobrindo que o nome é de origem japonesa e também se refere ao nome da postura de uma arte marcial, o Kung Fu, que segundo ele significa "a área de alcance da lâmina de um samurai".
Shiko fez escola no Marginal Zine, publicação alternativa, quando ainda residia em Patos. Em 1997, fixou residência em João Pessoa e começou a pintar em acrílico sobre tela. Paralelo ao trabalho com as telas se dedicou ao universo dos quadrinhos, aonde vem produzindo a novela gráfica "Blue Note", baseado no texto de um amigo (Biu). "Inicialmente iria ter 80 páginas. Quando tinha 50 eu achei que com mais 30 terminaria. Hoje ela esta com 100 e ainda esta faltando 30 páginas para terminar", confidenciou.
O texto, conforme o quadrinista, não tinha situações bem definidas e os personagens não possuíam nomes, tudo se resumia a diálogos. "A partir daí comecei a dar cara aos personagens", disse. A novela se constitui em várias histórias curtas que vão se entrelaçando. Boa parte dos episódios acontece num bar, em que um trio de músicos de jazz formado por um robô que toca trompete, um sapo que toca piano, um negão que toca baixo, além de uma boneca inflável que começa fazendo streep e depois é incorporada ao grupo.
Quem acompanha de perto o trabalho de Shiko sabe que seu quadrinho pouco está ligado às tiras de humor, sempre foi centrado na área de ficção científica e adaptação de contos, como de Augusto dos Anjos, Moacyr Scliar e Eduardo Galiano. Ele disse que recentemente se descobriu produzindo alguns desenhos com humor. "Não como trabalho autoral", contou. Infelizmente o trabalho de Shiko nunca foi encartado em livro ou catalogado. Parte de seus quadrinhos e desenhos estão publicados em produções alternativas do Estado e do Sul do país. A intenção, segundo ele, é fazer com que o álbum com a novela "Blue Note" possa ser negociada com alguma editora.
sábado, abril 24, 2004
do site MTV brasil
Por Daniel Setti
22.04.04
"Ei, que tal irmos pra Natal?"
Está agendada para o período de 20 a 22 de maio a nova edição do festival Mada – Música e Alimento Para a Alma –, que desde 1998 contribui para a fixação da cidade de Natal no mapa pop brasileiro. O evento vem com uma empolgante novidade em 2004: pela primeira vez, contará com uma atração internacional. Trata-se do grupo The Walkmen que, juntamente com bandas como Strokes (de quem vai abrir shows no mês que vem) e Interpol, fez a cena rock nova-iorquina voltar a ser a mais efervescente da atualidade.
Outras atrações do festival também foram anunciadas esta semana. Serão 21 artistas independentes, incluindo nomes de destaque como o pernambucano China (ex-Sheik Tosado), os paulistanos do Gram e os paraibanos da Chico Correa Eletronica Band, além de figurões do primeiro time do pop brazuca e da MPB: Sepultura, O Rappa, Marcelo D2, Jorge Benjor, Lulu Santos, DJ Patife e Xerxes.
O evento, que ocorre na Costeira Palace, será precedido por uma mostra de cinema. Maiores detalhes disponíveis em breve no site www.festivalmada.com.br.
Mada terá The Walkmen e figurões da MPB
Por Daniel Setti
22.04.04
"Ei, que tal irmos pra Natal?"
Está agendada para o período de 20 a 22 de maio a nova edição do festival Mada – Música e Alimento Para a Alma –, que desde 1998 contribui para a fixação da cidade de Natal no mapa pop brasileiro. O evento vem com uma empolgante novidade em 2004: pela primeira vez, contará com uma atração internacional. Trata-se do grupo The Walkmen que, juntamente com bandas como Strokes (de quem vai abrir shows no mês que vem) e Interpol, fez a cena rock nova-iorquina voltar a ser a mais efervescente da atualidade.
Outras atrações do festival também foram anunciadas esta semana. Serão 21 artistas independentes, incluindo nomes de destaque como o pernambucano China (ex-Sheik Tosado), os paulistanos do Gram e os paraibanos da Chico Correa Eletronica Band, além de figurões do primeiro time do pop brazuca e da MPB: Sepultura, O Rappa, Marcelo D2, Jorge Benjor, Lulu Santos, DJ Patife e Xerxes.
O evento, que ocorre na Costeira Palace, será precedido por uma mostra de cinema. Maiores detalhes disponíveis em breve no site www.festivalmada.com.br.
quarta-feira, abril 21, 2004
stephan no samba
Stephan+Naza+Burgo
grande Shiko - Estaremos fazendo um som na Loja Música Urbana, trilha sonora pra exposição do nosso amigo designer Shiko. A partir das 18:00 hrs. Inclusos no pocket jam session show, estaremos levando sam do sax e didier guigue, dupla francesa de músicos amigos.
Por enquanto eh soh.
Familia Correa tb eh cultura!!!
ta dando choque???
sexta-feira, abril 16, 2004
Naza, vamos arrumar os links de videos no menu aqui do lado.
quinta-feira, abril 08, 2004
O Norte OnLine
Terça, 30 de Março de 2004 às 13h06
Banda paraibana faz sucesso em Salvador
Da Redação
Com o apoio da Fundação Espaço Cultural, a banda Chico Correa e Eletronic Band foi a atração principal da festa de encerramento do III Panorama Internacional – Coisa de Cinema, realizado no último dia 20, em Salvador.
Ao retornar da viagem, Carlos Dowling, como representante do grupo, endereçou correspondência à vice-presidente da Funesc, Glauce Cunha Lima, apresentando um relatório da viagem e ao mesmo tempo agradecendo pelo apoio da Fundação, na concessão de passagens aéreas.
Dowling informou ainda que o show foi realizado para um público de 500 pessoas, o que significou o limite da lotação da casa de espetáculos. Ele anexou ainda recortes do noticiário, que foi repercutido em jornais e sites de Salvador.
Terça, 30 de Março de 2004 às 13h06
Banda paraibana faz sucesso em Salvador
Da Redação
Com o apoio da Fundação Espaço Cultural, a banda Chico Correa e Eletronic Band foi a atração principal da festa de encerramento do III Panorama Internacional – Coisa de Cinema, realizado no último dia 20, em Salvador.
Ao retornar da viagem, Carlos Dowling, como representante do grupo, endereçou correspondência à vice-presidente da Funesc, Glauce Cunha Lima, apresentando um relatório da viagem e ao mesmo tempo agradecendo pelo apoio da Fundação, na concessão de passagens aéreas.
Dowling informou ainda que o show foi realizado para um público de 500 pessoas, o que significou o limite da lotação da casa de espetáculos. Ele anexou ainda recortes do noticiário, que foi repercutido em jornais e sites de Salvador.
terça-feira, abril 06, 2004
Paraíba, terça-feira, 6 de abril de 2004
Cineastas e admiradores da sétima arte idealizam cineclube
DA REDAÇÃO
O público campinense lotou o teatro do Sesc no último sábado, para assistir às películas A Sintomática Narrativa de Constantino e GOD.O.TV, ambas do cineasta Carlos Dowling, que também proporcionou um animado debate sobre a atual cinematografia paraibana – os problemas e as conquistas de quem se dedica à sétima arte num Estado que ainda não dispõe dos meios de incentivo necessários. Também vindo de João Pessoa, o promissor diretor Bruno Sales apresentou as filmagens que fez, numa linguagem que lembrou os videoclipes, dos bastidores da Sintomática Narrativa.
Os dois cineastas vieram representando a Associação Brasi-leira de Documentaristas – ABD, seção Paraíba, a qual pretende ampliar suas atividades para a Serra da Borborema, com apoio do Sesc Centro, que sediará as reuniões e promoverá mostras de cinema paraibano e mundial a partir do mês de maio. “A idéia é a criação de um cineclube Sesc, que apresentará ao público verdadeiras homenagens aos diretores de cinema, através de suas obras completas, bem como palestras com especialistas na área. Queremos preencher uma lacuna, desde que o projeto Vídeo 18 Horas, do Museu de Arte Assis Chateaubriand, chegou ao fim, deixando a cidade órfã de exibição de filmes de arte”, explica Vinícius Bezerra, do departamento de comunicação do Sesc. O diretor teatral Álvaro Fernandes também endossa a idéia, lembrando que o Sesc Centro dispõe atualmente do teatro com as instalações mais modernas de Campina Grande. (AS)
Cineastas e admiradores da sétima arte idealizam cineclube
DA REDAÇÃO
O público campinense lotou o teatro do Sesc no último sábado, para assistir às películas A Sintomática Narrativa de Constantino e GOD.O.TV, ambas do cineasta Carlos Dowling, que também proporcionou um animado debate sobre a atual cinematografia paraibana – os problemas e as conquistas de quem se dedica à sétima arte num Estado que ainda não dispõe dos meios de incentivo necessários. Também vindo de João Pessoa, o promissor diretor Bruno Sales apresentou as filmagens que fez, numa linguagem que lembrou os videoclipes, dos bastidores da Sintomática Narrativa.
Os dois cineastas vieram representando a Associação Brasi-leira de Documentaristas – ABD, seção Paraíba, a qual pretende ampliar suas atividades para a Serra da Borborema, com apoio do Sesc Centro, que sediará as reuniões e promoverá mostras de cinema paraibano e mundial a partir do mês de maio. “A idéia é a criação de um cineclube Sesc, que apresentará ao público verdadeiras homenagens aos diretores de cinema, através de suas obras completas, bem como palestras com especialistas na área. Queremos preencher uma lacuna, desde que o projeto Vídeo 18 Horas, do Museu de Arte Assis Chateaubriand, chegou ao fim, deixando a cidade órfã de exibição de filmes de arte”, explica Vinícius Bezerra, do departamento de comunicação do Sesc. O diretor teatral Álvaro Fernandes também endossa a idéia, lembrando que o Sesc Centro dispõe atualmente do teatro com as instalações mais modernas de Campina Grande. (AS)
sexta-feira, abril 02, 2004
"Cineastas promovem encontro em Campina
ANDRÉ DE SENA
A Associação Brasileira de Documentaristas – ABD, seção Paraíba, atualmente atuando unicamente em João Pessoa, estará promovendo amanhã um encontro com realizadores e admiradores da sétima arte em Campina Grande, propondo a ampliação das atividades da associação para a cidade vizinha. O encontro acontecerá no Sesc Centro, logo após a exibição, às 15 horas, do curta-metragem em 16mm GOD.O.TV, dirigido e roteirizado por Carlos Dowling.
GOD.O.TV foi filmado em 2002 e é resultado de uma iniciativa do Festival Brasileiro de Cinema Universitário (Niterói/ RJ), que agregou uma equipe de alunos das várias escolas e cursos de cinema de todo o País. O filme é uma livre adaptação de uma peça de Samuel Beckett e traz no elenco Drika Soares, Everaldo Pontes, Ieda Dantas, Ricardo Brandão, Sílvia Aderne, entre outros.
Além do realizador, estará presente na sessão Bruno Sales, secretário geral da ABD/PB, para incitar um debate em torno da implementação do órgão em Campina Grande e sobre os mecanismos de produção independente. A ABD/PB está completando 22 anos de atividades, propondo um ponto de convergência entre os cineastas paraibanos e o grande público, promovendo mostras e seminários.
“A ampliação das atividades da ABD para Campina Grande representará a instalação de um importante mecanismo de intercâmbio entre os realizadores locais, fundamental para discutir e entender o fazer audiovisual no Estado”, explica a cineasta paraibana Ana Bárbara, que também participará do evento."
ANDRÉ DE SENA
A Associação Brasileira de Documentaristas – ABD, seção Paraíba, atualmente atuando unicamente em João Pessoa, estará promovendo amanhã um encontro com realizadores e admiradores da sétima arte em Campina Grande, propondo a ampliação das atividades da associação para a cidade vizinha. O encontro acontecerá no Sesc Centro, logo após a exibição, às 15 horas, do curta-metragem em 16mm GOD.O.TV, dirigido e roteirizado por Carlos Dowling.
GOD.O.TV foi filmado em 2002 e é resultado de uma iniciativa do Festival Brasileiro de Cinema Universitário (Niterói/ RJ), que agregou uma equipe de alunos das várias escolas e cursos de cinema de todo o País. O filme é uma livre adaptação de uma peça de Samuel Beckett e traz no elenco Drika Soares, Everaldo Pontes, Ieda Dantas, Ricardo Brandão, Sílvia Aderne, entre outros.
Além do realizador, estará presente na sessão Bruno Sales, secretário geral da ABD/PB, para incitar um debate em torno da implementação do órgão em Campina Grande e sobre os mecanismos de produção independente. A ABD/PB está completando 22 anos de atividades, propondo um ponto de convergência entre os cineastas paraibanos e o grande público, promovendo mostras e seminários.
“A ampliação das atividades da ABD para Campina Grande representará a instalação de um importante mecanismo de intercâmbio entre os realizadores locais, fundamental para discutir e entender o fazer audiovisual no Estado”, explica a cineasta paraibana Ana Bárbara, que também participará do evento."
quinta-feira, abril 01, 2004
Jornal o Norte
João Pessoa quinta-feira, 1 de Abril de 2004
Músicas radicais
Didier Guigue, francês radicado na Paraíba, coordena recital e faz homenagem ao minimalista John Cage
Músicas Radicais do Século XX" é o título do evento coordenado pelo professor e compositor Didier Guigue e executado pelos alunos concluintes do bacharelado em música do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (Demús/UFPB). A apresentação esta prevista para começar às 21h00, no Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rego, com entrada aberta ao público.
No concerto estão incluídas composições do italiano Luciano Bário, falecido ano passado, Jorge Antunes, dos norte-americanos Steve Reiche, Terry Riley (idealizadores do movimento minimalistas), além de uma criação coletiva do filosofo e compositor John Cage. Esta é a segunda vez que o projeto acontece. A intenção, segundo Didier Guigue, é que o projeto seja realizado pelo menos uma vez no ano. "Ele depende muito do interesse dos alunos", comentou. O concerto terá duração de 1h10 minutos.
De acordo com Didier, o objetivo desde o início é socializar, tocar e mostrar para o público obras de compositores importantes de décadas passadas. Para este concerto os alunos prepararam performances das seguintes obras: "Homenagem a John Cage", com a turma da disciplina de Estética VI; "Brim" e "Três Duetti perdue Violini Béia, Valério e Igor", do compositor Luciano Bério; "Redundantie II" e "Inutilenfa", de Jorge Antunes; "Music for Pieces of Wood", de Steve Reich e finalizando a apresentação, "In C", de Terry Riley. "Pensamos em levar este evento a outros lugares, gravar um vídeo digital e um CD", disse.
Segundo o professor, o interesse das pessoas pelas produções eletrônicas tem aumentado nos últimos anos, mas a falta de equipamentos em sala de aula tem impossibilitado que ela cresça, principalmente em João Pessoa. "Quem tem sorte e possui um bom computador em casa ainda consegue fazer boas produções", comentou. Ele diz ainda que a UFPB dispõe de professores para ensinar a teoria, para pesquisar, mas, infelizmente ainda não possui estrutura física.
Em João Pessoa, algumas pessoas se reúnem para estudar e criar composições eletrônicas. Muitos ainda vivem nos guetos divulgando sua produção para um grupo fechado de pessoas. Um dos poucos que tem conseguido projeção é o Chico Correa Eltronic Band que tem a frente o disciplinado músico Esmeraldo Marques, uma das crias de Didier Guigue.
Outras comunidades eletrônicas estão espalhadas pelo país uma delas é o Pragatecno, composta por músicos do nordeste interessados na produção de e-music e ainda o 2 Mekanik - E-Projekt Made in João Pessoa, que dispõe de uma página na internet sobre música eletrônica, com matérias, playlists, novidades, uma breve história e explicação sobre cada estilo eletrônico, fotos, flyers psicodélicos e entre outras dicas.
Para quem não conhece Didier Guigue é natural da França, mas reside em João Pessoa desde 1982. É doutor em Musicologia do século XX pela Ecole des Hautes em Sciences Sociales-Paris-França. Possui Pós Graduação em Estética, Ciência & Tecnologia das Artes pela Universidade de Paris. É professor adjunto da UFPB, onde leciona Estética da Música do Século XX e Computação aplicada à Música. Didier é também pesquisador e consultor no CNPq, em que coordena um grupo interdisciplinar de pesquisas integrando computação e análise da música do século XX.
O compositor privilegia os gêneros envolvendo o eletrônico e o computador, tanto na vertente erudita, quanto popular. Escreve também música instrumental, na qual afloram referências afro-brasileiras. Tem colaborado com vários músicos e grupos paraibanos, como Pedro Osmar, Tribo Ethnos e Quinteto da Paraíba.
Tem obras eletrônicas publicadas em CD's especializados na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em 1999, lançou no Brasil, pelo selo CPC-UMES, um CD intitulado Vox Victimae, reunindo a sua mais recente criação entre pop/rock progressivo e música algorítmica
João Pessoa quinta-feira, 1 de Abril de 2004
Músicas radicais
Didier Guigue, francês radicado na Paraíba, coordena recital e faz homenagem ao minimalista John Cage
Músicas Radicais do Século XX" é o título do evento coordenado pelo professor e compositor Didier Guigue e executado pelos alunos concluintes do bacharelado em música do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (Demús/UFPB). A apresentação esta prevista para começar às 21h00, no Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rego, com entrada aberta ao público.
No concerto estão incluídas composições do italiano Luciano Bário, falecido ano passado, Jorge Antunes, dos norte-americanos Steve Reiche, Terry Riley (idealizadores do movimento minimalistas), além de uma criação coletiva do filosofo e compositor John Cage. Esta é a segunda vez que o projeto acontece. A intenção, segundo Didier Guigue, é que o projeto seja realizado pelo menos uma vez no ano. "Ele depende muito do interesse dos alunos", comentou. O concerto terá duração de 1h10 minutos.
De acordo com Didier, o objetivo desde o início é socializar, tocar e mostrar para o público obras de compositores importantes de décadas passadas. Para este concerto os alunos prepararam performances das seguintes obras: "Homenagem a John Cage", com a turma da disciplina de Estética VI; "Brim" e "Três Duetti perdue Violini Béia, Valério e Igor", do compositor Luciano Bério; "Redundantie II" e "Inutilenfa", de Jorge Antunes; "Music for Pieces of Wood", de Steve Reich e finalizando a apresentação, "In C", de Terry Riley. "Pensamos em levar este evento a outros lugares, gravar um vídeo digital e um CD", disse.
Segundo o professor, o interesse das pessoas pelas produções eletrônicas tem aumentado nos últimos anos, mas a falta de equipamentos em sala de aula tem impossibilitado que ela cresça, principalmente em João Pessoa. "Quem tem sorte e possui um bom computador em casa ainda consegue fazer boas produções", comentou. Ele diz ainda que a UFPB dispõe de professores para ensinar a teoria, para pesquisar, mas, infelizmente ainda não possui estrutura física.
Em João Pessoa, algumas pessoas se reúnem para estudar e criar composições eletrônicas. Muitos ainda vivem nos guetos divulgando sua produção para um grupo fechado de pessoas. Um dos poucos que tem conseguido projeção é o Chico Correa Eltronic Band que tem a frente o disciplinado músico Esmeraldo Marques, uma das crias de Didier Guigue.
Outras comunidades eletrônicas estão espalhadas pelo país uma delas é o Pragatecno, composta por músicos do nordeste interessados na produção de e-music e ainda o 2 Mekanik - E-Projekt Made in João Pessoa, que dispõe de uma página na internet sobre música eletrônica, com matérias, playlists, novidades, uma breve história e explicação sobre cada estilo eletrônico, fotos, flyers psicodélicos e entre outras dicas.
Para quem não conhece Didier Guigue é natural da França, mas reside em João Pessoa desde 1982. É doutor em Musicologia do século XX pela Ecole des Hautes em Sciences Sociales-Paris-França. Possui Pós Graduação em Estética, Ciência & Tecnologia das Artes pela Universidade de Paris. É professor adjunto da UFPB, onde leciona Estética da Música do Século XX e Computação aplicada à Música. Didier é também pesquisador e consultor no CNPq, em que coordena um grupo interdisciplinar de pesquisas integrando computação e análise da música do século XX.
O compositor privilegia os gêneros envolvendo o eletrônico e o computador, tanto na vertente erudita, quanto popular. Escreve também música instrumental, na qual afloram referências afro-brasileiras. Tem colaborado com vários músicos e grupos paraibanos, como Pedro Osmar, Tribo Ethnos e Quinteto da Paraíba.
Tem obras eletrônicas publicadas em CD's especializados na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em 1999, lançou no Brasil, pelo selo CPC-UMES, um CD intitulado Vox Victimae, reunindo a sua mais recente criação entre pop/rock progressivo e música algorítmica